O advogado de defesa da pedagoga Maria Verônica Aparecida, de 25 anos, que ficou conhecida em todo o Brasil após apresentar uma falsa gravidez de quadrigêmeos, divulgou nesta segunda-feira (30) em Taubaté, cidade do interior paulista, uma foto de sua cliente sem a barriga de silicone e os enchimentos.
"Eu tirei essa foto no meu escritório assim que saímos da delegacia, na sexta-feira passada. Acho que, assim, a gente resolve mais um capítulo dessa história, que era mostrar a Maria Verônica sem a barriga", afirmou o advogado Enilson de Castro.
(Atualização: ao ser publicada, esta reportagem informou que, segundo o advogado, os presentes que a pedagoga ganhou serão doados nesta terça, 31, para uma ONG da cidade que cuida de crianças e adolescentes carentes. Depois da publicação do texto, o advogado disse que a doação será feita na sexta, dia 3. Antes disso, ele diz que fará uma triagem do que será e do que não será doado. Segundo ele, uma pessoa quer de volta uma doação feita à falsa grávida. A ONG que receberá os presentes, segundo ele, é um abrigo chamado Casa do Caminho. O local funciona em Taubaté e foi indicado pela Vara da Criança e do Adolescente da cidade.)
Segundo o advogado, Maria Aparecida continua reclusa e sob efeito de medicamentos. A pedagoga tem contato diário com psiquiatras e vem apresentando melhora significativa no quadro.
Em depoimento no 2º Distrito Policial do município, no bairro da Estiva, na sexta, a mulher alegou que forjou a gestação em razão de problemas psicológicos e porque seu sonho era ter uma filha.
Advogado diz que presentes serão devolvidos
“"Ela estava dentro de um mundo de fantasias e, agora, começa a sair dele. Minha preocupação, agora, é preservar a minha cliente para que ela possa seguir adiante”", disse o advogado. Ele disse esperar que o caso não siga adiante na esfera criminal. Para ele, os crimes pela qual Maria Verônica foi inicialmente intimada não se sustentam mais.
“"Não há mais falsidade ideológica, já que ela assumiu publicamente não estar grávida, e também não há estelionato, já que estamos devolvendo tudo o que ela ganhou”."
O marido de Maria Verônica, o metalúrgico Cléber Eduardo, já devolveu os R$ 520 doado pelos colegas de trabalho, informou o advogado dele, Marcos Leite. Cléber mantinha uma lista com os nomes e os valores doados. O advogado apresentou um recibo que comprova a devolução do dinheiro.
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