O Ministério da Educação (MEC) quer levar professores a escolas onde
faltam docentes em ação semelhante ao Mais Médicos. O Mais Professores
faz parte do Compromisso Nacional pelo Ensino Médio, apresentado hoje
(21) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na Câmara dos
Deputados. A criação do programa já havia sido comentada antes pelo
ministro, mas é a primeira vez que é apresentado em detalhes.
Segundo Mercadante, o compromisso ainda está em fase de
desenvolvimento e depende do Orçamento disponível. Entre as ações do
programa, está a proposta de levar professores a escolas de municípios
com índices de desenvolvimento humano baixos ou muito baixos e que
tenham um baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) -
índice calculado a partir do fluxo escolar e o desempenhos dos
estudantes em avaliações nacionais.
A intenção é que, mediante o pagamento de uma bolsa, professores se
disponham a reforçar o quadro dessas escolas. Para as escolas com baixo
rendimento, a pasta quer atrair bons professores para melhorar o
ambiente acadêmico. Caso não haja professores disponíveis na rede, o MEC
cogita a participação de professores aposentados que queiram voltar às
salas de aula.
Segundo Mercadante, as áreas com as maiores carências de professores
são matemática, física, química e inglês. O ministro diz que as
disciplinas representam cerca de 3% das matrículas de ensino superior,
índice que tem se mantido constante. O Mais Professores, esclarece o
ministro, ainda é uma proposta em aberto.
Além de atrair professores para áreas carentes, o compromisso propõe
o aperfeiçoamento da formação continuada dos docentes, com o
desenvolvimento de material didático específico e a criação da
Universidade do Professor, uma rede que vai concentrar todas as
iniciativas voltadas para a formação docente. Pretende-se que em um
mesmo portal o professor possa acessar todos os cursos e programas
disponíveis.
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