A terra voltou a tremer em Alagoinha, Agreste de Pernambuco, a 225 quilômetros do Recife, na manhã desta quarta-feira (10).
Dois tremores de 1.8 graus na escala Richter ocorreram por volta das 9h e um mais forte, que atingiu 2.6 graus, aconteceu perto das 10h20. "Duraram de dois a três segundos", conta o técnico em sismologia do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Eduardo Menezes, que está realizando estudos na área.
Ao todo, 60 tremores já foram registrados no município nos últimos sete dias, desde quando os fenômenos começaram a ser sentidos, em 3 de março.
De acordo com Eduardo Menezes, a possível causa para esses tremores é o deslocamento das rochas que ficam no subsolo do Agreste de Pernambuco, a uma profundidade de 2 a 3 quilômetros.
Com relação à intensidade dos tremores, Eduardo Menezes explica que, em abalos de 1.8 e de 2.6 graus, é possível escutar um barulho, mas se sente muito pouco a vbração do solo. "Depende da localização das pessoas em relação ao epicentro, local de origem dos tremores. Por exemplo, Pesqueira, que está a 12 km de Alagoinha, não sente", explica Eduardo.
O maior abalo sísmico em Alagoinha foi registrado na última segunda-feira (8), quando um tremor de 3,2 graus na escala Richter foi sentido às 20h30. Moradores chegaram a afirmar que o fenômeno provocou rachaduras nas casas.
Apesar dos tremores sentidos nessa quarta (10) serem menores do que os da última segunda-feira (8), abalos sísmicos de 3 graus na escala Richter podem voltar a acontecer. "A diminuição da intensidade é uma amostra do alívio de tensão no contato das rochas", diz. Com relação a duração da ocorrência dos fenômenos em Alagoinha, Eduardo explica que é impossível prever.
O técnico Eduardo Menezes também alerta que, em caso de tremores com frequência grande, as pessoas devem ficar fora da residência. Ele juntamente, com representantes da Defesa Civil do município e do Estado, está na cidade para orientar a população.
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