quarta-feira, 11 de junho de 2014

Turistas encontram pontos de visitação turística abandonados

Bairro do Recife exibe tapumes apodrecidos na fachada de prédios deteriorados / Foto: Michele Souza/JC Imagem

Bairro do Recife exibe tapumes apodrecidos na fachada de prédios deteriorados

Foto: Michele Souza/JC Imagem

Turistas de várias nacionalidades já circulam nas ruas do Recife, à espera dos jogos da Copa do Mundo do Brasil, que começa amanhã e termina no dia 13 de julho próximo. Como a cidade pouco se preparou para receber os visitantes, eles terão de driblar calçadas esburacadas, fazer vista grossa nas praças públicas sujas e torcer para que um tapume velho pendurado na fachada de prédios antigos não desabe.
 
Problemas como esses foram apontados em 12 reportagens semanais, publicadas a partir de 26 de março deste ano. Ao longo da série, ao ser procurada para falar sobre o assunto, a prefeitura prometia corrigir as falhas antes de 12 de junho, o dia da abertura do Mundial de Futebol da Fifa. Passados 78 dias, nada mudou.

A Praça Dezessete, no bairro de Santo Antônio, no Centro, continuava com a fonte quebrada e lixo acumulado no tanque, na tarde de ontem. “A prefeitura fez uma limpeza semana passada, mas continua suja. Moradores de rua usam o local como sanitário e veículos a serviço do município estacionam na calçada da praça”, comenta Bernadete Freitas, que organiza viagens de turismo para idosos.
 
Caminho de acesso para a Igreja do Divino Espírito Santo, a praça é dividida em duas partes pela Rua do Imperador. No lado contrário da fonte, há um monumento em homenagem aos aviadores portugueses Gago Coutinho (1869-19959) e Sacadura Cabral (1881-1924), que fizeram a primeira travessia área do Atlântico Sul, a bordo de um hidroavião, em 1922, passando pelo Recife. Também precisa de limpeza.

O Mercado de São José, que aparece num vídeo institucional da Fifa todo organizado, permanece com as venezianas quebradas e cobertas de poeira. “Infelizmente, tudo está do mesmo jeito. Um ponto turístico como esse deveria estar em melhores condições durante a Copa do Mundo. Sequer lavaram as venezianas”, declara um dos comerciantes do mercado, que prefere não se identificar.
 
Localizado no bairro de São José, Centro da capital pernambucana, o mercado foi inaugurado em 1875 e é considerado patrimônio histórico nacional. Apesar das avarias, está de braços abertos para os visitantes, oferecendo artesanato de barro, palha e corda, roupas e calçados artesanais, peixes, crustáceos e grãos.

DO JC.

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