Os chips das operadoras de celular continuaram a ser comercializados ontem em pontos de venda terceirizados, como bancas de jornais e camelôs, apesar da proibição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apurou o 'Estado' em seis capitais brasileiras. Nas lojas das operadoras, as vendas foram suspensas.
O dono de uma banca de jornais no centro de São Paulo, Ricardo Guerreta, oferecia ontem um chip da Claro por R$ 7. Ele disse que soube da proibição das vendas de linhas da empresa em São Paulo pela imprensa e, por isso, deixou de encomendar novos chips da operadora. "Estou vendendo o que tenho em estoque. Só restou um." O empresário compra o produto de uma revendedora da Claro e afirmou que ninguém lhe disse que não poderia vender o produto a partir de ontem.
A Claro foi proibida de vender novas linhas a partir de ontem em São Paulo, Sergipe e Santa Catarina. A TIM teve as vendas interrompidas em 18 Estados e no Distrito Federal. Nos outros cinco Estados, a Oi está proibida.
A situação se repete em bancas de jornal em Vitória, Aracaju, Curitiba, Fortaleza e no Rio. Na capital fluminense, onde a TIM teve suas vendas suspensas, quem se dispôs a percorrer as ruas do centro ainda encontrou chips da operadora à venda. De dez estabelecimentos visitados pelo Estado, três ainda ofereciam o produto, alegando desconhecer a impossibilidade de habilitar o número. A maioria, porém, alertava o consumidor sobre a restrição.
Nos camelôs, a situação não é diferente. Nos calçadões das avenidas João Pessoa, São Cristóvão e Laranjeiras, no centro de Aracaju (SE), vendedores ambulantes estavam, ontem pela manhã, oferecendo os chips, com o preço entre R $ 8 e R$ 10. Os vendedores disseram que desconhecem a determinação da Anatel, por isso as vendas continuam.
Na Grande Vitória (ES), os camelôs continuaram ontem a oferecer os chips da TIM, proibida de ativar novas linhas no Espírito Santo. "Não estou sabendo que está proibido vender chip da TIM. Não posso ficar com essa mercadoria parada no estoque", disse a vendedora Maria de Fátima Silva, de Cariacica, região metropolitana de Vitória.
As lojas próprias de TIM, Oi e Claro visitadas pelo Estado abriram normalmente, mas não venderam linhas nas regiões onde foram proibidas.
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