

- às      Mães que apesar das canseiras, dores e trabalhos, sorriem e riem, felizes,      com os filhos amados ao peito, ao colo ou em seu redor; e às que choram,      doridas e inconsoláveis, a sua perda física, ou os vêem “perder-se” nos      perigos inúmeros da sociedade violenta e desumana em que vivemos; 
- às Mães ainda meninas, e às menos jovens, que contra ventos e marés,      ultrapassando dificuldades de toda a ordem, têm a valentia de assumir uma      gravidez - talvez inoportuna e indesejada – por saberem que a Vida é sempre      um Bem Maior e um Dom que não se discute e, muito menos, quando se trata de      um filho seu, pequeno ser frágil e indefeso que lhe foi confiado; 
- às Mães que souberam sacrificar uma talvez brilhante carreira      profissional, para darem prioridade à maternidade e à educação dos seus      filhos e às que, quantas vezes precisamente por amor aos filhos, souberam      ser firmes e educadoras, dizendo um “não” oportuno e salvador a muitos dos      caprichos dos seus filhos adolescentes; 
- às Mães precocemente envelhecidas, gastas e doentes, tantas vezes      esquecidas de si mesmas e que hoje se sentem mais tristes e magoadas, talvez      por não terem um filho que se lembre delas, de as abraçar e beijar...; 
- às Mães solitárias, paradas no tempo, não visitadas, não desejadas, e hoje      abandonadas num qualquer quarto, num qualquer lar, na cidade ou no campo, e      que talvez não tenham hoje, nem uma pessoa amiga que lhes leia ao menos uma      carta dum filho...; 
- também às Mães que não tendo dado à luz fisicamente, são Mães pelo coração      e pelo espírito, pela generosidade e abnegação, para tantos que por mil      razões não tiveram outra Mãe...e finalmente, também às Mães queridíssimas      que já partiram deste mundo e que por certo repousam já num céu merecido e      conquistado a pulso e sacrifício... 
A todas as Mães, a todas sem excepção, um Abraço e um Beijo cheios de      simpatia e de ternura! E Parabéns, mesmo que ninguém mais vos felicite! E      Obrigado, mesmo que ninguém mais vos agradeça! 
 
As mais antigas celebrações do Dia da Mãe remontam às comemorações      primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos      Deuses. Em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a      Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimônias em sua homenagem começaram      por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.
Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava no 4º Domingo de Quaresma (40      dias antes da Páscoa) um dia chamado “Domingo da Mãe”, que pretendia      homenagear todas as mães inglesas. Neste período, a maior parte da classe      baixa inglesa trabalhava longe de casa e vivia com os patrões. No Domingo da      Mãe, os servos tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar a casa      e passar esse dia com a sua mãe.
À medida que o Cristianismo se espalhou pela Europa passou a homenagear-se a      “Igreja Mãe” – a força espiritual que lhes dava vida e os protegia do mal.      Ao longo dos tempos a festa da Igreja foi-se confundindo com a celebração do      Domingo da Mãe. As pessoas começaram a homenagear tanto as suas mães como a      Igreja.
Nos Estados Unidos, a comemoração de um dia dedicado às mães foi sugerida      pela primeira vez em 1872 por Julia Ward Howe e algumas apoiantes, que se      uniram contra a crueldade da guerra e lutavam, principalmente, por um dia      dedicado à paz.
A maioria das fontes é unânime acerca da idéia da criação de um Dia da Mãe.      A idéia partiu de Anna Jarvis, que em 1904, quando a sua mãe morreu, chamou      a atenção na igreja de Grafton para um dia especialmente dedicado a todas as      mães. Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia      da Mãe, na igreja de Grafton, reunindo praticamente família e amigos. Nessa      ocasião, a sra. Jarvis enviou para a igreja 500 cravos brancos, que deviam      ser usados por todos, e que simbolizavam as virtudes da maternidade. Ao      longo dos anos enviou mais de 10.000 cravos para a igreja de Grafton –      encarnados para as mães ainda vivas e brancos para as já desaparecidas – e      que são hoje considerados mundialmente com símbolos de pureza, força e      resistência das mães.
Segundo Anna Jarvis seria objetivo deste dia tomarmos novas medidas para um      pensamento mais activo sobre as nossas mães. Através de palavras, presentes,      atos de afeto e de todas as maneiras possíveis deveríamos proporcionar-lhe      prazer e trazer felicidade ao seu coração todos os dias, mantendo sempre na      lembrança o Dia da Mãe.
Face à aceitação geral, a sra. Jarvis e os seus apoiantes começaram a      escrever a pessoas influentes, como ministros, homens de negócios e      políticos com o intuito de estabelecer um Dia da Mãe a nível nacional, o que      daria às mães o justo estatuto de suporte da família e da nação.
A campanha foi de tal forma bem sucedida que em 1911 era celebrado em      praticamente todos os estados. Em 1914, o Presidente Woodrow Wilson declarou      oficialmente e a nível nacional o 2º Domingo de Maio como o Dia da Mãe.
Hoje em dia, muitos de nós celebram o Dia da Mãe com pouco conhecimento de      como tudo começou. No entanto, podemos identificar-nos com o respeito, o      amor e a honra demonstrados por Anna Jarvis há 96 anos atrás.
Apesar de ter passado quase um século, o amor que foi oficialmente      reconhecido em 1907 é o mesmo amor que é celebrado hoje e, à nossa maneira,      podemos fazer deste um dia muito especial.
E é o que fazem praticamente todos os países, apesar de cada um escolher      diferentes datas ao longo do ano para homenagear aquela que nos põe no      mundo.
Em Portugal, até há alguns anos atrás, o dia da mãe era comemorado a 8 de      Dezembro, mas atualmente o Dia da Mãe é no 1º Domingo de Maio, em homenagem      a Maria, Mãe de Cristo
No Brasil a       introdução desta data se deu no RIO GRANDE DO SUL, em 12 de maio de 1918,      por iniciativa de EULA K. LONG, em SÃO PAULO, a primeira comemoração se deu      em 1921. 
     
     A oficialização se deu por decreto no Governo Provisório de Getúlio Vargas,      que em 5 de maio de 1932, assinou o decreto nº 21.366. 
     
     Em 1947, a data foi incluída no calendário oficial da Igreja Católica por      determinação do Cardeal Arcebispo do Rio, Dom Jaime de Barros Câmara.