terça-feira, 10 de julho de 2012

FIG reúne 31 comunidades quilombolas de Pernambuco

        Além de movimentar a cidade com música, teatro, dança, cinema, circo, cultura popular e outras expressões, o Festival de Inverno de Garanhuns vem se consolidando, ano a ano, como um grande momento para a cultura das comunidades quilombolas do estado.

Nesta 22ª edição do FIG, o povoado de Castainho se transforma no polo do Encontro Troca de Saberes Crioulos e reúne representantes de 31 comunidades, de todas as regiões de Pernambuco. Os outros cinco povoados remanescentes de quilombo de Garanhuns (Estivas, Tigre, Estrela, Timbó e Caluete) também recebem oficinas, mostras de cinema e rodas de diálogo.

No palco montado em Castainho, apresentam-se artistas quilombolas e convidados, entre os dias 16 e 20/7, a partir das 14h. Paralelamente, também em Castainho, acontece a Mostra Estadual de Artesanato Quilombola, composta por peças de 30 grupos de artesãos, expostas das 9h às 18h, perto do palco.

Já as comunidades de Estivas, Tigre, Estrela, Timbó e Calueterecebem oficinas sobre gênero, raça e etnia, a Mostra Cinema na Estrada e a roda de diálogo sobre identidade e direitos quilombolas, que contará com a participação de integrantes da Comissão Estadual de Comunidades Quilombolas de Pernambuco.

Formação cultural

A formação com foco nos quilombolas ganha em 2012 atenção especial. As 18 oficinas de música, dança, fotografia, circo, teatro e permacultura estarão divididas entre Castainho e Estivas durante toda a semana. O ponto de culminância desta ação será na sexta-feira (20/7), quando os resultados serão socializados no Polo Castainho.

O grande mérito do local, segundo a Coordenadoria para Povos Tradicionais, é o protagonismo das comunidades quilombolas. “Neste FIG, o Polo Castainho é resultado de um diálogo ampliado entre a gestão pública e as comunidades. Incorpora demandas antigas e estabelece parcerias desde a concepção até a execução das atividades. Isso traz a cara da cultura quilombola do estado inteiro: as vivências, as práticas e saberes quilombolas pro FIG”, afirma Erika Nascimento, coordenadora da pasta.

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