A ossada não é humana. Essa foi a conclusão do exame antropológico feito pelo Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife, nos fragmentos do ossuário descoberto no município de Garanhuns, no Agreste do Estado, que causou polêmica à relacionar o fato com a possibilidade de uma nova vítima do trio de "Canibais de Garanhuns".
A confirmação foi dada por fonte ligada ao IML, que informou que, apesar do término da perícia feita por um especialista em antropologia, o laudo deverá ser assinado pelo legista e entregue às autoridades de investigação nos próximos dias.
Na descoberta do material, há quase duas semanas, em frente a um imóvel que fica próximo à residência em que o trio de canibais morava, o delegado titular daquele município, João Lins, protocolou ofício no IML de Caruaru solicitando perícias minuciosas nos fragmentos.
O investigador informou que, mesmo com a conclusão, as investigações preliminares do caso não serão encerradas. "Essa notícia não causa surpresa para nós, pois no levantamento feito no dia da descoberta não encontramos nenhum indício que comprovasse que a ossada era humana. Mas, a partir de agora, vamos traçar alguns passos", destacou o delegado.
Segundo Lins, o primeiro passo será um requerimento à Justiça solicitado autorização para que o trio de canibais (Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Cristina Torreão e Bruna Cristina Oliveira) sejam ouvidos pelo investigador. "Segundo informações de testemunhas, o trio morou de aluguel na casa em que a ossada foi encontrada durante um ano e meio. Queremos interroga-los para que eles esclareçam algumas dúvidas da investigação", explicou o delegado.
O segundo passo será a execução de escavações no interior da residência. "Já identificamos o proprietário e ele nos autorizou para este trabalho. Será necessário para a identificação de novos indícios, porém estamos dependendo da entrega do laudo para iniciarmos o planejamento", complementou João Lins.
Julgamento
O trio ainda é acusado de assassinar em Garanhuns, Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, mortas em 2012. O júri ainda não foi marcado pela juíza da comarca Pollyana Maria Barbosa, que aguarda o retorno das cartas precatórias dos três acusados e ainda vai analisar sobre o recurso da defesa de Isabel Cristina.
FP.
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