A recessão econômica e seus efeitos nocivos ao bolso do cidadão comum levaram, aproximadamente, 6 em cada 10 maceioenses ao endividamento. Mais especificamente, 59,8% dos mais de 1 milhão de habitantes da capital estão com as contas comprometidas em vendas a crédito ou financiamentos.
Destes, 31,1% estão inadimplentes, atrasando o pagamento a ponto do nome constar nos órgãos de proteção ao crédito, como SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) e Serasa. A porcentagem é a mesma em nível estadual, ou seja, 30 % dos mais de 3 milhões de alagoanos estão inadimplentes. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), feita pela Fecomércio Alagoas em junho, em toda a capital, e do Serasa Experian, que colhe os dados no âmbito nacional de forma sazonal.
O assessor econômico da Fecomércio Alagoas, Felippe Rocha, explica os números da pesquisa feita pela instituição que ouviu cerca de 500 pessoas, nos últimos dez dias de junho deste ano.
“O nível de endividamento das famílias de Maceió chegou a 59,8% nesse mês de junho. Já foi maior, chegando a 61,3% em maio deste ano. Mais de 80% dos consumidores, quando contraem dívida, geralmente é via cartão de crédito. Somente 40,2% dos ouvidos não possuía nenhum tipo de dívida”, conta.
Além do cartão de crédito, a segunda mais frequente razão dos endividamentos é o crediário, representando 6% dos endividados. Já o crédito consignado aparece em terceiro lugar, com 4,7% dos entrevistados.
Ainda segundo a pesquisa da Fecomércio, dos 31,1% dos inadimplentes, cerca de 18% não teve condições de pagar as dívidas no mês de julho. Dessa parcela de endividados, apenas 6,9% tinham condições reais de pagar o débito.
A situação financeira das famílias da capital não é diferente do resto do Estado. Segundo dados enviados à Gazeta pela Serasa Experian, Alagoas apresenta 908 mil 664 pessoas negativas em junho deste ano, quando o último levantamento foi feito. Este número é cerca de 5% superior aos dados de junho do ano passado, quando a população inadimplente no Estado era de pouco mais de 868 mil.
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