Bairro do Recife exibe tapumes apodrecidos na fachada de prédios deteriorados
Foto: Michele Souza/JC Imagem
Turistas de várias nacionalidades já circulam nas ruas do
Recife, à espera dos jogos da Copa do Mundo do Brasil, que começa
amanhã e termina no dia 13 de julho próximo. Como a cidade pouco se
preparou para receber os visitantes, eles terão de driblar calçadas
esburacadas, fazer vista grossa nas praças públicas sujas e torcer para
que um tapume velho pendurado na fachada de prédios antigos não desabe.
Problemas como esses foram apontados em 12 reportagens semanais,
publicadas a partir de 26 de março deste ano. Ao longo da série, ao ser
procurada para falar sobre o assunto, a prefeitura prometia corrigir as
falhas antes de 12 de junho, o dia da abertura do Mundial de Futebol da
Fifa. Passados 78 dias, nada mudou.
A Praça Dezessete, no bairro de Santo Antônio, no Centro, continuava
com a fonte quebrada e lixo acumulado no tanque, na tarde de ontem. “A
prefeitura fez uma limpeza semana passada, mas continua suja. Moradores
de rua usam o local como sanitário e veículos a serviço do município
estacionam na calçada da praça”, comenta Bernadete Freitas, que organiza
viagens de turismo para idosos.
Caminho de acesso para a Igreja do Divino Espírito Santo, a praça é
dividida em duas partes pela Rua do Imperador. No lado contrário da
fonte, há um monumento em homenagem aos aviadores portugueses Gago
Coutinho (1869-19959) e Sacadura Cabral (1881-1924), que fizeram a
primeira travessia área do Atlântico Sul, a bordo de um hidroavião, em
1922, passando pelo Recife. Também precisa de limpeza.
O Mercado de São José, que aparece num vídeo institucional da Fifa
todo organizado, permanece com as venezianas quebradas e cobertas de
poeira. “Infelizmente, tudo está do mesmo jeito. Um ponto turístico como
esse deveria estar em melhores condições durante a Copa do Mundo.
Sequer lavaram as venezianas”, declara um dos comerciantes do mercado,
que prefere não se identificar.
Localizado no bairro de São José, Centro da capital pernambucana, o
mercado foi inaugurado em 1875 e é considerado patrimônio histórico
nacional. Apesar das avarias, está de braços abertos para os visitantes,
oferecendo artesanato de barro, palha e corda, roupas e calçados
artesanais, peixes, crustáceos e grãos.
DO JC.
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