O Ministério Público Eleitoral informou que impetrou nesta terça-feira (16) dois mandados de segurança no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) para questionar aspectos da audiência realizada no último dia 11 com o deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR). O promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes anunciou no dia da audiência que ia recorrer ao TRE assim que possível. Para o promotor, Tiririca teve desempenho inferior a 30% do desejável.
Tiririca, o deputado mais bem votado do país, com 1,3 milhão de eleitores, é réu em uma ação penal que apura se houve fraude na declaração de escolaridade entregue à Justiça Eleitoral durante o processo de registro de sua candidatura. No dia 11, ele se submeteu a testes de leitura e escrita que devem servir de base para a decisão do juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, responsável por julgar a ação penal.
Na mesma ação penal, Tiririca responde por suposta omissão de bens na declaração que ele apresentou à Justiça Eleitoral no processo de registro de sua candidatura.
Segundo a Promotoria, no primeiro mandado impetrado nesta terça, o promotor requer ao TRE sete itens.
O primeiro deles é a intimação da mulher de Tiririca para que seja reproduzida em audiência a forma exata como ela elabora a escrita, para analisar se ela ajudou ou mesmo fez sozinha a declaração de que sabe ler e escrever do deputado eleito.
Em segundo lugar, o MP quer que seja permitido chamar de novo a testemunha de defesa para falar sobre pontos polêmicos do laudo apresentado e que foram indeferidas pelo juiz eleitoral.
Em terceiro lugar, o promotor quer a submissão de Tiririca a perícia oficial por junta médica composta por profissionais de idêntica especialidade daqueles que assinaram o laudo apresentado pela defesa.
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