O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, disse hoje (29) que o 
aumento do salário mínimo não prejudicará a geração de empregos e o 
esforço fiscal do governo previsto para 2014. O novo mínimo, previsto no
 Orçamento (R$ 722,90), deverá entrar em vigor em 1º de janeiro de 2014.
“Não vai impactar [o esforço fiscal]. O governo tem o controle das 
contas, tem superávit para administrar, também, a questão do dólar. O 
governo tem o controle de todos os setores para não incorrermos em 
qualquer perigo de insucesso”, disse em entrevista antes de evento no 
Centro de Integração Empresa-Escola, na capital paulista.
A meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida 
pública) no próximo ano poderá ficar acima de 2,1% do Produto Interno 
Bruto (PIB), estipulados na proposta de Orçamento Geral da União de 
2014. Segundo o Ministério da Fazenda, o percentual anunciado pelo 
governo representa o limite mínimo de esforço fiscal. O projeto enviado 
hoje ao Congresso Nacional estabelece esforço fiscal de R$ 109,4 bilhões
 (2,1% do PIB), menor que a meta de R$ 111 bilhões (2,3% do PIB) 
definida para este ano.
De acordo com o ministro do Trabalho, o novo salário mínimo não 
afetará negativamente a geração de empregos, porque o país está 
recebendo grandes investimentos. “Não vai ter [impacto na geração de 
empregos] porque os investimentos que o Brasil está tendo são enormes. 
Cada dia mais nós temos os estádios para a Copa, agora estamos fazendo 
os aeroportos, fazendo a obras de mobilidade urbana. Estamos leiloando 
os portos, temos várias construções da Petrobras. Há uma circulação 
muito grande de investimentos e esse investimento exige mão de obra”, 
disse Dias.
O novo valor do salário mínimo deverá ser R$ 722,90. A proposta de 
Orçamento, apresentada hoje, deve ser votada pela Câmara dos Deputados e
 pelo Senado até o fim do ano. O reajuste passa a valer em 1º de janeiro
 de 2014. O valor atual do mínimo é R$ 678.
 
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