Em assembleia realizada na manhã de hoje (15/10), os trabalhadores do
BNB de Garanhuns deliberaram pelo fim da greve. As atividades foram retomadas
imediatamente.
Em Pernambuco o SEEC-PE e o SEEB Caruaru já tinham encerrado a greve e
somente a única agência BNB da nossa base (Garanhuns), persistia firme na luta
por uma negociação digna para os Bancários.
Diante do isolamento no Estado, os bancários decidiram por de lado as
emoções e, sob protesto, deixar falar
mais alto a razão optando pela volta ao trabalho, mesmo sabendo que a forte
paralisação nos outros estados é bastante válida e nobre e que o Banco precisa
ir além do índice e apresentar novidades de fato que solucionem as inúmeras
pendências internas.
Os companheiros entendem que o nosso isolamento dentro do Estado nos
tornou vulneráveis. Embora contrariados com o descaso, a falta de respeito e de
diálogo e a intransigência da administração do Banco, optaram por retornar ao
trabalho.
O Sindicato, como sempre, respeita a soberana decisão da assembleia. Contudo,
repudia veementemente a postura autoritária do Banco, jamais vista durante uma
greve no BNB, sobretudo a atitude tomada na manhã de hoje, quando funcionários
receberam telefonemas considerados ameaçadores, pressionando e exigindo o
retorno ao trabalho. Além disso, o Banco usou de seus veículos oficiais de
comunicação para convocar pessoas a irem à assembleia votar a favor da proposta
(já rejeitada). Para o SEEB Garanhuns, trata-se de uma postura antissindical,
que diz respeito à interferência no direito de greve e à livre decisão da base
em exercê-lo, além de assédio moral. A entidade entende que essa postura do
Banco, de constrangimento, deve ser motivo de interpelação do Ministério Público
do Trabalho, podendo os sindicatos agir nesse sentido.
A diretoria do Banco deveria se ocupar na construção de uma proposta
decente, não em formas de ameaçar seus trabalhadores. O governo federal, por
sua vez, é corresponsável nessa situação por se eximir à responsabilidade de
negociar as questões específicas dos bancos públicos e não apresentar uma
proposta que considere as suas especificidades.
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